quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Acidente nuclear no Japão


O acidente em uma central nuclear na cidade de Fukushima, no Japão, após o forte terremoto que atingiu o país em uma sexta-feira, foi classificada como de nível 4 na Escala Internacional de Eventos Nucleares, que vai de 0 a 7. A classificação é a terceira mais alta, ficando apenas atrás do acidente em Three Mile Island, nos Estados Unidos, em 1979 (nível 5) e de Chernobyl, em 1986 (grau 7).

A classificação 4 qualifica acidentes "com consequências de alcance local", segundo documentos da AIEA (Agência internacional de Energia Atômica).

O termo anomalia é utilizado para o nível 1 e, incidente, para os níveis 2 e 3. O nível 4 é o pior até o momento no Japão, de acordo com a Agência japonesa de Segurança Nuclear e Industrial.



O reator Daiichi 1, ao norte da capital Tóquio, começou a vazar radiação depois que o terremoto de magnitude 8,9 causou um tsunami, prontamente levantando temores de um derretimento nuclear. O sistema de resfriação do reator nuclear falhou após os tremores, causando uma explosão que rompeu o telhado da usina.

O governo insistiu que os níveis de radiação eram baixos. Segundo a agência de notícias japonesa Jiji, três trabalhadores sofreram de exposição radioativa perto da usina de Fukushima.

Esta foi a primeira vez que o Japão confrontou uma ameaça significativa de radiação desde o maior pesadelo de sua história, uma catástrofe exponencialmente pior: os ataques com bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki, em 1945, que resultaram em mais de 200 mil mortes.

As autoridades afirmam que os níveis de radiação em Fukushima estavam elevados antes da explosão. Em determinado momento, a usina estava liberando a cada hora a quantidade de radiação que uma pessoa normalmente absorve do ambiente em um ano.


Apesar disso, especialistas afirmaram que as fotos de uma névoa sobre a usina sugerem que apenas pequenas porções de radiação foram liberadas, como parte das medidas para assegurar a estabilidade do reator, muito diferente das nuvens radioativas que saíram de Tchernobil, na Ucrânia, quando houve a explosão.
          
            Valeriy Hlyhalo, vice-diretor do centro de segurança nuclear de Tchernobil, disse à agência de notícias Interfax que os reatores japoneses são mais protegidos, onde pouco mais de 30 bombeiros foram mortos na explosão. Pior acidente nuclear civil da história, Tchernobil também causou a morte de milhares de pessoas, que adoeceram devido à radiação. 

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